Intenso e brando
Da leveza de uma obra de arte
desnuda-se um som...
um cheiro...
e um leve aconchego
que sinto
ser parte
No horizonte...
as dúvidas
se chocam ardentemente
às margens
qual a espuma das ondas
ao abraçar a areia
Por tantas águas de passados
inconstantes
se revelam os mais distantes
e medonhos sonhos...
Em um semovendo
renitente
qual pêndulo
de passado e presente
à noite
os escombros duros pisados
por descalças e imprudentes almas
não superam o brilho forte
e encandecente do luar que que de pleno as envolve
Se quer dimensionam
a imensidão pontilhada
do universo
que só agora
entendem
um universo subvertido
Pois se antes pequeno, restrito
tornava-se, qual mágica
curioso, belo
e infinito
Ah... mas se essa pluralidade desconcertante de sentidos
que fere...
embriaga...
desproporciona
e magôa
desse lugar ao conforto
e ao calor do arrepio
que tanto povoa
um rubor
de memorias sangradas
de tudo que tento
que tento
em deleite
privar-me
Poderia ao menos
por um instante
ver-te dispersa
em calma
tal ar que respiro
Não sei
ao certo
ou de mais nada
E se a sua companhia um dia... me fizer falta
que cada verso escrito
conserve a imensidão do infinito
do ousado ao terno
do tempo
que é agora escrito
quando a imensa inquietude
da alma
se desnudar mansa
em sentido e brisa
No sossegar
perene
de uma lembrança
fulgurante
e tonta
Que seja o brando sabor
da advertência
em sinal
desiludido
e mesmo tarde...
esse imenso alarde
projete para os olhos de quem ama
a saudade de uma vida
que por tão contida
precisou...
careceu...
e padeceu...
só revelada
em seguida
Flaviano C. Cardoso
11/2017
Poesias Punhalada - poesia, vida e luta
"quando eu canto que se cuide, quem não for meu irmão, o meu canto, punhalada, não conhece o perdão..." Baioque - Chico Buarque 1972
segunda-feira, 6 de novembro de 2017
terça-feira, 24 de outubro de 2017
HUMANA CONSCIÊNCIA
HUMANA CONSCIÊNCIA
Eis que uma alma aflita
interrompe o sossego
de uma vila
pacata
no meio da mata
lá
crianças brincam
e bradam gritos de alegria
jovens enamorados
Cintilam sonhos de amor em serenatas
e a alma aflita e sombria
traz uma pesada
e complexa energia
ela avista a vila
e depois de uma vida ao relento
ao ver naquela surpresa
um prato farto
vê-se salivando
eis que é certo saciar
se sua fome e sede histórica
voa para a vila
como quem está prestes a se jogar em
um mágico banquete
no entanto esbarra
em redoma
e sentida...
vê-se impotente
diante de tal obstáculo
sem qualquer
precedente
e fica toda desmontada
ao ver que aquela paisagem
que de tãoo bela poderia
ser o fim de sua longa viagem
do nada se vê tonta
em pancada à parede
e esta
ao deixar-te pasmado
aparenta exigir-te bem mais
de que um simples achado
Eis que ao solo
um bilhete revela
uma voz estrindente e voraz
ao bradar
que a alma terá
uma missão de verdade
e esta lhe seria exigida
antes que a desejada vontade
fosse então saciada
e eis a alma se sente pasmada
logo ela
que passou por montanhas
e ate por entranhas dos mais vivos e vorazes
seres
que passou pelos mares
tormentas
por batalhas sangrentas
logo ela
que em milhares de anos
acumulava tantos e tantos
saberes
mas a voz se empodera:
- pare! a missão é concreta!
e senão aceitar dê meia volta e volte a vagar
pois aqui
sem ela
não haverá nenhum deleite
Chega!! Disse a alma, diga logo qual seria a minha missão
verás que o meu poder irá destruir
tal qual o mais potente canhão
que um dia já vislumbraste em vida
verás em segundos
essa tal missão ser varrida
e se arrependerá de impor-me
tão inusitado teste
diga logo!
voz estranha
e rouca!
qual missão me restringe!
E a voz em tom confortavel e sublime
exalta o tom e exclama:
"Terás que ensinar a esse povo
tu que estas morta e há tantos anos perambula
as chegadas e partidas
terás que ensinar ao fim
qual seria o sentido das vidas
Somente após isto
e quando
por todos
se fizer compreendida
livre estarás
para o desejado banquete
Venha!
Dei-me agora o aceite
para que inicie sua missão
De outro modo reaja com um
"Não"
e se ponha ao longe
nos caminhos
que a tí conhecidos
e assim
rejeitando a parada
se ponha em retorno
à sua van cavalgada
Chocada...
Calada...
e embebida de confusos sentimentos
a alma pois a pensar por gerações
e manteve-se distante
em dispersa reflexão
pois-se a questionar-se
por que não dizer não?
mas algo surpreendentemente novo a incomodava
ela olhava aquele povo
e olhava denovo
e algo supreendente
a atenção lhe chamava
a cada casa
que ela via
por gerações e por séculos
muita coisa mudava
mas algo a perturbava
pois os comportamentos
a moral
e o papel social
daquelas pessoas
de um modo estranho e curioso
se perpetuava
Abismada
a alma analisou por alguns séculos
e séculos
e viu que pessoas lindas e sensíveis
irresistivelmente se encantavam
com uma moral senil
que por todo sempre
as condicionava
Agora...
Potente e em feliz em descoberta
eis que agora desperta
a alma se sentiu espectro
e, magicamente, percebeu
que a missão recebida
estava viva
e que depois de tamanha espera
com uma convincente exatidão
entendeu
que o que agora sabia não era seu
E que estava a altura
da antes rejeitada
agora horrosa
missão
descobriu entusiasmada
que depois de tanto tempo
que em vão
perambulava
Foi nessa observação
desesperada
que surgiu
um inusitado desvio
que deu um novo sentido
a uma busca há tanto tempo buscada
e que a verdadeira charada
estava na vila
estava nessa gente
contida
que se destruia
ao reproduzir
em logica
uma ultrapassada e tardia
moral
vazia
esta
agora revelada
descoberta
de modo potente
as destruía
ao tempo que as limitava
Nesse instante
por se sentir preparada
a alma gritou
Oh voz robusta e astuta
que com inusitada missão
me desafiou
Aqui estou!
Para acordar a empreitada!
Sinto-me forte, pois matei a charada!
E minha fome
só será saciada
se eu puder dar a esse povo
esta chave a chave!
Contra vidas trancadas!
Nesse instante...
Um sorriso estrondoso
irrompeu o horizonte!
Deleita e conforta-se Alma!
Alcançaste a ciência!
Neste instante
tu não mais existe!
Pois tornastes
após tanta paciência
.
HUMANA CONSCIÊNCIA
Eis que uma alma aflita
interrompe o sossego
de uma vila
pacata
no meio da mata
lá
crianças brincam
e bradam gritos de alegria
jovens enamorados
Cintilam sonhos de amor em serenatas
e a alma aflita e sombria
traz uma pesada
e complexa energia
ela avista a vila
e depois de uma vida ao relento
ao ver naquela surpresa
um prato farto
vê-se salivando
eis que é certo saciar
se sua fome e sede histórica
voa para a vila
como quem está prestes a se jogar em
um mágico banquete
no entanto esbarra
em redoma
e sentida...
vê-se impotente
diante de tal obstáculo
sem qualquer
precedente
e fica toda desmontada
ao ver que aquela paisagem
que de tãoo bela poderia
ser o fim de sua longa viagem
do nada se vê tonta
em pancada à parede
e esta
ao deixar-te pasmado
aparenta exigir-te bem mais
de que um simples achado
Eis que ao solo
um bilhete revela
uma voz estrindente e voraz
ao bradar
que a alma terá
uma missão de verdade
e esta lhe seria exigida
antes que a desejada vontade
fosse então saciada
e eis a alma se sente pasmada
logo ela
que passou por montanhas
e ate por entranhas dos mais vivos e vorazes
seres
que passou pelos mares
tormentas
por batalhas sangrentas
logo ela
que em milhares de anos
acumulava tantos e tantos
saberes
mas a voz se empodera:
- pare! a missão é concreta!
e senão aceitar dê meia volta e volte a vagar
pois aqui
sem ela
não haverá nenhum deleite
Chega!! Disse a alma, diga logo qual seria a minha missão
verás que o meu poder irá destruir
tal qual o mais potente canhão
que um dia já vislumbraste em vida
verás em segundos
essa tal missão ser varrida
e se arrependerá de impor-me
tão inusitado teste
diga logo!
voz estranha
e rouca!
qual missão me restringe!
E a voz em tom confortavel e sublime
exalta o tom e exclama:
"Terás que ensinar a esse povo
tu que estas morta e há tantos anos perambula
as chegadas e partidas
terás que ensinar ao fim
qual seria o sentido das vidas
Somente após isto
e quando
por todos
se fizer compreendida
livre estarás
para o desejado banquete
Venha!
Dei-me agora o aceite
para que inicie sua missão
De outro modo reaja com um
"Não"
e se ponha ao longe
nos caminhos
que a tí conhecidos
e assim
rejeitando a parada
se ponha em retorno
à sua van cavalgada
Chocada...
Calada...
e embebida de confusos sentimentos
a alma pois a pensar por gerações
e manteve-se distante
em dispersa reflexão
pois-se a questionar-se
por que não dizer não?
mas algo surpreendentemente novo a incomodava
ela olhava aquele povo
e olhava denovo
e algo supreendente
a atenção lhe chamava
a cada casa
que ela via
por gerações e por séculos
muita coisa mudava
mas algo a perturbava
pois os comportamentos
a moral
e o papel social
daquelas pessoas
de um modo estranho e curioso
se perpetuava
Abismada
a alma analisou por alguns séculos
e séculos
e viu que pessoas lindas e sensíveis
irresistivelmente se encantavam
com uma moral senil
que por todo sempre
as condicionava
Agora...
Potente e em feliz em descoberta
eis que agora desperta
a alma se sentiu espectro
e, magicamente, percebeu
que a missão recebida
estava viva
e que depois de tamanha espera
com uma convincente exatidão
entendeu
que o que agora sabia não era seu
E que estava a altura
da antes rejeitada
agora horrosa
missão
descobriu entusiasmada
que depois de tanto tempo
que em vão
perambulava
Foi nessa observação
desesperada
que surgiu
um inusitado desvio
que deu um novo sentido
a uma busca há tanto tempo buscada
e que a verdadeira charada
estava na vila
estava nessa gente
contida
que se destruia
ao reproduzir
em logica
uma ultrapassada e tardia
moral
vazia
esta
agora revelada
descoberta
de modo potente
as destruía
ao tempo que as limitava
Nesse instante
por se sentir preparada
a alma gritou
Oh voz robusta e astuta
que com inusitada missão
me desafiou
Aqui estou!
Para acordar a empreitada!
Sinto-me forte, pois matei a charada!
E minha fome
só será saciada
se eu puder dar a esse povo
esta chave a chave!
Contra vidas trancadas!
Nesse instante...
Um sorriso estrondoso
irrompeu o horizonte!
Deleita e conforta-se Alma!
Alcançaste a ciência!
Neste instante
tu não mais existe!
Pois tornastes
após tanta paciência
.
HUMANA CONSCIÊNCIA
segunda-feira, 9 de outubro de 2017
Reencontro
Vejo após distante
todos os que vivi em vida
todos os que olhava e sentia
quando a rebeldia contestante
me tomava a alma
lembro das experiencias
dos ardis
de tudo o que disperso
me tornou disperso
leve
e livre
a cada um que me atormenta
com lembranças de gozo e efêmera felicidade
dedico toda a minha idade
por todos e todas elas
por cada um por cada quem
em suas respectivas homenagens
é que desenho agora
em poesia
essa imagem
cuja lembrança
me dói mais
quero reviver com todos
mas sei contudo
que não mais serão
como eram
e se forem
quão delicioso
e quão importante será
essa oportunidade
agora
se possível
terei muito mais esmero
porque agora
como nunca dantes
sei
o quao importante
era navegar por esses mares
distantes
todos os que vivi em vida
todos os que olhava e sentia
quando a rebeldia contestante
me tomava a alma
lembro das experiencias
dos ardis
de tudo o que disperso
me tornou disperso
leve
e livre
a cada um que me atormenta
com lembranças de gozo e efêmera felicidade
dedico toda a minha idade
por todos e todas elas
por cada um por cada quem
em suas respectivas homenagens
é que desenho agora
em poesia
essa imagem
cuja lembrança
me dói mais
quero reviver com todos
mas sei contudo
que não mais serão
como eram
e se forem
quão delicioso
e quão importante será
essa oportunidade
agora
se possível
terei muito mais esmero
porque agora
como nunca dantes
sei
o quao importante
era navegar por esses mares
distantes
10/10/2017
sábado, 23 de setembro de 2017
Á Giu que seremos
Á Giu que seremos
FuGiu à lembrança por tanto tempo
à imagem de uma menininha linda
brilhando em feliz infância
dadas às delícias
daquelas que a crueldade da vida
ignora e distorce
alguém que encontro agora
e ja fala como mulher
ser humano precosse
com vida
em vida
que em busca
prediz o futuro
a menina de agora
se delicia com a vida
como jovem
astuta
lembro de tí
e fico feliz em verte
pois em tí o humano legado
que a tristeza pemaneça destraída
enquanto buscas as efêmeras experiências da vida
quando encontrar-te denovo
verei ao certo
que a humanidade converteu-se em ser
ficarei feliz por saber
quão pura
a potência que temos
que viva!
que verte!
que encontre o infinito!
pois em ti!
está as lembranças de danças que nunca entendeste!
em ti está a superação do que tanto quizemos
em tí está uma vida crivada de sentimentos
novos
são novas as dores e o saber
em tí está o que nunca podemos ser
mas por tí
já somos
e por sempre
seremos!
Flaviano
23/09/2017
FuGiu à lembrança por tanto tempo
à imagem de uma menininha linda
brilhando em feliz infância
dadas às delícias
daquelas que a crueldade da vida
ignora e distorce
alguém que encontro agora
e ja fala como mulher
ser humano precosse
com vida
em vida
que em busca
prediz o futuro
a menina de agora
se delicia com a vida
como jovem
astuta
lembro de tí
e fico feliz em verte
pois em tí o humano legado
que a tristeza pemaneça destraída
enquanto buscas as efêmeras experiências da vida
quando encontrar-te denovo
verei ao certo
que a humanidade converteu-se em ser
ficarei feliz por saber
quão pura
a potência que temos
que viva!
que verte!
que encontre o infinito!
pois em ti!
está as lembranças de danças que nunca entendeste!
em ti está a superação do que tanto quizemos
em tí está uma vida crivada de sentimentos
novos
são novas as dores e o saber
em tí está o que nunca podemos ser
mas por tí
já somos
e por sempre
seremos!
Flaviano
23/09/2017
domingo, 17 de setembro de 2017
Derradeiro
Derradeiro
humana negra
em eterna peleja
para desvendar o vazio
de uma vida massacrada
agora travestes de vingança
toda esperada esperança
que em dança
escolheu revelar-te
tão humano desafio
ah como eu queria...
queria que fosse o primeiro
sofro tanto por ser derradeiro
estes versos que em razão
lhe confio
menina de dar calafrios
vontade tão densa e imensa
para além dos brios almejados
logo tú que ostentas a historia calejada
de uma busca vadia
agora desvanece
à palida impressão
de um merecido alcance
da tao sonhada
liberdade tardia
oh presença crespa
de humanidade impar
quem dera um dia
libertas fosse
da imensa dor
que em síntese
faz-te escrava
de esmera e calibrada
ideologia
humana pérola
de encantos infinitos
quem dera despida dos traumas e atritos
poder-se verte
quão linda
seria
quem dera a vingança que ora que te empodera
fosse contra os acoites reais
dessa tal sociedade
que ao passo da idade
contra ela
e não contra ele
dedicastes a sua fúria
rebelde
que pena que em outra opção
te embebedes
desastradamente
a vida é limite
e os nossos frutos
são o mais belo convite
ao que resta de consciência
Eles reclamam
o que não vês
mas existe
e insistem
pelo amor da real existência
clamam tanto
que tenhamos
paciência
o que querem apenas
é o natural desfrutar
pois pra eles
somos nós
referências
neste ato
ao ver a potência
remissor chamaris
concluo atordoado
que a hora é do deixo-te
e em gritos
tormento
lamento o infinito
mas prossigo
pois sei que tal jazigo
há de ser lembrado
que todo esse amor um dia
há de ser regado
E que as lagrimas
que agora derramo
misturar-se-ão com o legado
de todo
que ao sentir
se fez carregado
que venha o primeiro
e que vivam
alguns poucos
mas futuros felizes
e que gozem o ardil
transitório fileiro
gozem em risos pasmados
gozem...
até o derradeiro
flaviano
17/09/2017
humana negra
em eterna peleja
para desvendar o vazio
de uma vida massacrada
agora travestes de vingança
toda esperada esperança
que em dança
escolheu revelar-te
tão humano desafio
ah como eu queria...
queria que fosse o primeiro
sofro tanto por ser derradeiro
estes versos que em razão
lhe confio
menina de dar calafrios
vontade tão densa e imensa
para além dos brios almejados
logo tú que ostentas a historia calejada
de uma busca vadia
agora desvanece
à palida impressão
de um merecido alcance
da tao sonhada
liberdade tardia
oh presença crespa
de humanidade impar
quem dera um dia
libertas fosse
da imensa dor
que em síntese
faz-te escrava
de esmera e calibrada
ideologia
humana pérola
de encantos infinitos
quem dera despida dos traumas e atritos
poder-se verte
quão linda
seria
quem dera a vingança que ora que te empodera
fosse contra os acoites reais
dessa tal sociedade
que ao passo da idade
contra ela
e não contra ele
dedicastes a sua fúria
rebelde
que pena que em outra opção
te embebedes
desastradamente
a vida é limite
e os nossos frutos
são o mais belo convite
ao que resta de consciência
Eles reclamam
o que não vês
mas existe
e insistem
pelo amor da real existência
clamam tanto
que tenhamos
paciência
o que querem apenas
é o natural desfrutar
pois pra eles
somos nós
referências
neste ato
ao ver a potência
remissor chamaris
concluo atordoado
que a hora é do deixo-te
e em gritos
tormento
lamento o infinito
mas prossigo
pois sei que tal jazigo
há de ser lembrado
que todo esse amor um dia
há de ser regado
E que as lagrimas
que agora derramo
misturar-se-ão com o legado
de todo
que ao sentir
se fez carregado
que venha o primeiro
e que vivam
alguns poucos
mas futuros felizes
e que gozem o ardil
transitório fileiro
gozem em risos pasmados
gozem...
até o derradeiro
flaviano
17/09/2017
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Indiferentes
seduzidos pela inercia
pelo conforto
somos iguais
enquanto acreditamos
diferente
as mortes diarias
são comuns
vestimos
com nosso marasmo
o corpo nú
de quem corta
todo dia
com navalhas
enquanto padece
a rebeldia
quem dera
quem dera
em vez de dor
e agonia
alegria
alegria
alegre seria o povo
se um dia entendesse o quão importante
se livrar do estorvo
padrão-canção
morbido
no eterno mata-morre
da alienação
que um dia neguemos sinceros
o padrão de igualdade inútil e acéfalo
que tanto proclamam
belos
isso é tao sutil
tão singelo
que à distância
nos fingimos
contentes
em verdade
oremos
somos indiferentes
pelo conforto
somos iguais
enquanto acreditamos
diferente
as mortes diarias
são comuns
vestimos
com nosso marasmo
o corpo nú
de quem corta
todo dia
com navalhas
enquanto padece
a rebeldia
quem dera
quem dera
em vez de dor
e agonia
alegria
alegria
alegre seria o povo
se um dia entendesse o quão importante
se livrar do estorvo
padrão-canção
morbido
no eterno mata-morre
da alienação
que um dia neguemos sinceros
o padrão de igualdade inútil e acéfalo
que tanto proclamam
belos
isso é tao sutil
tão singelo
que à distância
nos fingimos
contentes
em verdade
oremos
somos indiferentes
domingo, 10 de março de 2013
coiote
pensavamos ser todo
que bobagem
somos parte
ela falava em livre
recitava em arte
desconfiava que não eramos todo
estou certo de que somos parte
onde estaremos depois
o que queremos?
o que buscamos?
eis que de repente
por mim
nos encontramos
qual cordão que interage em cordel
qual papel que descreve a paisagem
qual imagem
movimento
qual cabelos presos
concebidos soltos
qual pedaço de vida
descoberto
absorto
eis que o mote
coincidente
revivo
encontro de vivos
uma bela homenagem
Coiote!
que bobagem
somos parte
ela falava em livre
recitava em arte
desconfiava que não eramos todo
estou certo de que somos parte
onde estaremos depois
o que queremos?
o que buscamos?
eis que de repente
por mim
nos encontramos
qual cordão que interage em cordel
qual papel que descreve a paisagem
qual imagem
movimento
qual cabelos presos
concebidos soltos
qual pedaço de vida
descoberto
absorto
eis que o mote
coincidente
revivo
encontro de vivos
uma bela homenagem
Coiote!
sábado, 9 de março de 2013
Por vir
Pequenos...
nos somos pequenos perto da imensidão de sonhos
perto da rigidez
de toda
labuta
perto da escrita
da escuta
sim!
nós somos pequenos
e diante do desafio de viver
com sentido
de buscar o que não temos
de largar o que cremos
E se é mesmo verdade
somos nós que podemos
carregamos a história
e o que sabemos
já compõe
a memória
E se sofremos
se pasmados
se se quer entendemos
é porque é imensa a vida
e o desespero
as vezes
é a única saída
que temos
ao saber que sozinhos
pequenos
a nossa frente
a saudade
e tão perto
a imagem
distorcida e serena
se mostrando
senil
impotente
que pensamos:
ardentes
vale a pena!
E se
o que nos resta é pouco
eis que roucos
ao gritar por centenas
Estes foram
quando ainda não eram
Nos seremos
quando ainda não somos
se vivemos
é por que precisamos
se lutamos
é porque conhecemos
bem a frente
isto é certo
há um novo presente
esperançoso
a esperar
toda gente!
nos somos pequenos perto da imensidão de sonhos
perto da rigidez
de toda
labuta
perto da escrita
da escuta
sim!
nós somos pequenos
e diante do desafio de viver
com sentido
de buscar o que não temos
de largar o que cremos
E se é mesmo verdade
somos nós que podemos
carregamos a história
e o que sabemos
já compõe
a memória
E se sofremos
se pasmados
se se quer entendemos
é porque é imensa a vida
e o desespero
as vezes
é a única saída
que temos
ao saber que sozinhos
pequenos
a nossa frente
a saudade
e tão perto
a imagem
distorcida e serena
se mostrando
senil
impotente
que pensamos:
ardentes
vale a pena!
E se
o que nos resta é pouco
eis que roucos
ao gritar por centenas
Estes foram
quando ainda não eram
Nos seremos
quando ainda não somos
se vivemos
é por que precisamos
se lutamos
é porque conhecemos
bem a frente
isto é certo
há um novo presente
esperançoso
a esperar
toda gente!
sexta-feira, 1 de março de 2013
Prescrição poética
Certo que vivo
eis que ainda
penso
percebo o dissenso
entre o gosto e disgosto
entre o dito e o falado
entre o visto e tocado
é como se faltasse um punhado
de poesia
nesse caldeirão de magia
que nos liga
a existência
os olhos só veem esforço
paciência
persistência
esfregas
esfregas
e o que tens?
insistência
e quando o que vemos é posto em som
as palavras não medem
e o azul é marrom
a tristeza
é remédio
e o tédio
alimento
tentemos de novo
pois tá fraco
e é preciso sustento
com menos sal e um pouco mais
de memoria e poesia
humm...
o que temos?
- nostalgia
melhorou
siga em frente
um pouco mais
de bom senso
teoria
e coragem
ainda não prove
chame outros
mais gente
Feche os olhos e pode abusar da porção
quando abrir
se prepare
vai ser dura
a imagem!
eis que ainda
penso
percebo o dissenso
entre o gosto e disgosto
entre o dito e o falado
entre o visto e tocado
é como se faltasse um punhado
de poesia
nesse caldeirão de magia
que nos liga
a existência
os olhos só veem esforço
paciência
persistência
esfregas
esfregas
e o que tens?
insistência
e quando o que vemos é posto em som
as palavras não medem
e o azul é marrom
a tristeza
é remédio
e o tédio
alimento
tentemos de novo
pois tá fraco
e é preciso sustento
com menos sal e um pouco mais
de memoria e poesia
humm...
o que temos?
- nostalgia
melhorou
siga em frente
um pouco mais
de bom senso
teoria
e coragem
ainda não prove
chame outros
mais gente
Feche os olhos e pode abusar da porção
quando abrir
se prepare
vai ser dura
a imagem!
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Caminhada
A cada passo
é novo
o compasso
circunstância
de um novo
improviso
descoberta
do possível
Desvendado
o horizonte
que outrora
solene
aparente
distante
Cansamos
e diante do morbido
esperança disforme
ameaça
advém
da lembrança
Pois sabemos
que mesmo não
querendo
aprendemos
E entender
quão difere
não confere
não importa quem diga
não dá liga
não adere
O projeto acabado
padeceu sepultado
como diz o ditado:
Não se deixe
enganado
Pois se a força
disfarça
apequena
e embriaga
Eis que esconde a desgraça
de uma praça
ocultada
que já não conhecemos
O que sou
é o que sei que não somos
Pela frente
quem sabe
seremos
e se dizes
escuro!
o que em preces pretende
Obscuro é o presente
Tão doente e infantil
O solado da mente
tão sutil
quão demente
se mantém
restejando
em desejo regresso
Dele o passo
desgasta
em turbor de pecado
destruído e cansado
mas
anestesiado
entufado
em desgosto
mas febril
e robusto
se alimenta do susto
de quem vê-lo
na pista
E se julgam impossível
acreditem
é visível
ainda há
quem insista
é novo
o compasso
circunstância
de um novo
improviso
descoberta
do possível
Desvendado
o horizonte
que outrora
solene
aparente
distante
Cansamos
e diante do morbido
esperança disforme
ameaça
advém
da lembrança
Pois sabemos
que mesmo não
querendo
aprendemos
E entender
quão difere
não confere
não importa quem diga
não dá liga
não adere
O projeto acabado
padeceu sepultado
como diz o ditado:
Não se deixe
enganado
Pois se a força
disfarça
apequena
e embriaga
Eis que esconde a desgraça
de uma praça
ocultada
que já não conhecemos
O que sou
é o que sei que não somos
Pela frente
quem sabe
seremos
e se dizes
escuro!
o que em preces pretende
Obscuro é o presente
Tão doente e infantil
O solado da mente
tão sutil
quão demente
se mantém
restejando
em desejo regresso
Dele o passo
desgasta
em turbor de pecado
destruído e cansado
mas
anestesiado
entufado
em desgosto
mas febril
e robusto
se alimenta do susto
de quem vê-lo
na pista
E se julgam impossível
acreditem
é visível
ainda há
quem insista
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Imprescindíveis
Temos a angustia de que o mundo
não anda sem nós
de que as saídas
e pensamentos libertários
não poderiam existir
sem a colaboração viva
de um seres militantes derivados da nossa
existência
mas como o aprendizado é uma virtude...
aprendemos com a linha do tempo
que a vida
e a sua transformação
não depende de nenhum individuo
que a esperança que alimenta os sonhos
é fértil em múltiplas sementes
jogadas na realidade
e que não depende da idade
experiência
história ou consciência
para que a a mudança
tome forma semelhante a esperança
A esperança de que um dia a vida e os sonhos
se assemelhem
de que um dia o preciso se torne um tanto
necessário
que quem dele sente e sofre
a falta
busque o que precisa em luta
na forma
de pauta
para isso
pasmem!
não são precisos uns ou dois
mas milhares
centenas de milhares de mulheres e homens
que identificaram com vida
na forma do que sentiram
realidade
romperemos
romperemos com a força do que se convencionou chamar
de vaidade
juntos
somente juntos quem sabe ousemos buscar
além de si o que a história
convencionou chamar de
coragem
a mesma que temos que ter
para conseguir superar
aquilo que se fala
se ouve
e que dizes
que existem os indispensáveis
os importantes
e centralmente
os imprescindíveis
não anda sem nós
de que as saídas
e pensamentos libertários
não poderiam existir
sem a colaboração viva
de um seres militantes derivados da nossa
existência
mas como o aprendizado é uma virtude...
aprendemos com a linha do tempo
que a vida
e a sua transformação
não depende de nenhum individuo
que a esperança que alimenta os sonhos
é fértil em múltiplas sementes
jogadas na realidade
e que não depende da idade
experiência
história ou consciência
para que a a mudança
tome forma semelhante a esperança
A esperança de que um dia a vida e os sonhos
se assemelhem
de que um dia o preciso se torne um tanto
necessário
que quem dele sente e sofre
a falta
busque o que precisa em luta
na forma
de pauta
para isso
pasmem!
não são precisos uns ou dois
mas milhares
centenas de milhares de mulheres e homens
que identificaram com vida
na forma do que sentiram
realidade
romperemos
romperemos com a força do que se convencionou chamar
de vaidade
juntos
somente juntos quem sabe ousemos buscar
além de si o que a história
convencionou chamar de
coragem
a mesma que temos que ter
para conseguir superar
aquilo que se fala
se ouve
e que dizes
que existem os indispensáveis
os importantes
e centralmente
os imprescindíveis
sexta-feira, 6 de julho de 2012
Vontade
Explode em mim
Por ela
E para ela
E para ela
Tudo está por dizer
Em eterno porvir
E até o que ainda não está claro
Persistentemente
Seu espaço reclama
Na complexa harmonia
Ressentida
Do tempo
E ele
mesmo em extinção
insiste
Em renúncia
Grita
Qual pronuncia escrita
Em seca e sutil expressão
De liberdade
Viva
Mas sonâmbula
Pois invisível
É possível?
Perguntam os sentidos
É possível que essa vontade
Insista em conduzir os sonhos pra tamanho
desconsolo?
Que o colo humano
Que é tão fértil e protetor
Se desmanche
Ao busca-lo
o intrépido
destino
Que choro uive
Ao cantá-lo em gotas /
as lagrimas escorrentes
tão Molhadas[!]
Até que o tempo
Ao relento
vos seque
Que o vento rompa e interrompa
o suspiro
obstruindo a busca
E com tudo isso
ela resiste
sutil e camufladamente
como o que tem
e não se mostra
como o que vem
e não se sabe
De repente
Quão presente
Quanto ausente
Mais que comumente
Eis que ela se sente
Presente!
A Tempestade de Vontade
A Tempestade de Vontade
quinta-feira, 7 de junho de 2012
Um certo retorno
É chegada
partida
também recomeço
do fim
e do início
do tarde
que é cedo
semente
plantada
se põe re-movente
Encanto coragem
reencontro constante
refúgio premido
escondido
do medo
uns dizem que é tarde
pra outros é cedo
Mas vivo e crescido
se antes semente
agora arvoredo
Bagagem
contida
o passado é presente
memória
que é plena
se antes serena
agora liberta
Qual vida que paira
Em sede
diverge
o que erige
corrige
Entende a cilada
decifra
a esfinge
que a espreita
contesta
com sorte ela durma
enquanto
desperta
E o tempo
tão leve
qual sonhos
em vento
desvenda
o provento
dos passos
sutis
secretos ardis
em vão cavalgada
Por vezes
deseja
prospere o vagar!
se ponha em espera
sentido, aliene!
que o posto
já era
Mas não
pois à frente
com a força evidente
daquela semente
então
é o que ordena
avente!
organiza!
dos versos
prementes
urdidos
nos passos
e em vão escondidos
Agora do chão
forjados na vida
reclamam atenção
se tornam
confessos
Só resta a razão
do tanto disperso
Por ela
o Senão
que cônscio
te peço
Que agora
e quem dera
da triste
quimera
que pasmem!
impera
se rompa
o recesso
Se em mente a criança
constrói a lembrança
de braços e em dança
e por felicidade
Não falem da idade!
Pois vinga a esperança!
Que as mãos calejadas
no mesmo lugar
e em breve socorro
E em urro
agitadas
Tão firme e encantadas
desenhem de novo
Pois novo
é o contorno
partida
e chegada
A estoria é contada
de um certo
retorno
partida
também recomeço
do fim
e do início
do tarde
que é cedo
semente
plantada
se põe re-movente
Encanto coragem
reencontro constante
refúgio premido
escondido
do medo
uns dizem que é tarde
pra outros é cedo
Mas vivo e crescido
se antes semente
agora arvoredo
Bagagem
contida
o passado é presente
memória
que é plena
se antes serena
agora liberta
Qual vida que paira
Em sede
diverge
o que erige
corrige
Entende a cilada
decifra
a esfinge
que a espreita
contesta
com sorte ela durma
enquanto
desperta
E o tempo
tão leve
qual sonhos
em vento
desvenda
o provento
dos passos
sutis
secretos ardis
em vão cavalgada
Por vezes
deseja
prospere o vagar!
se ponha em espera
sentido, aliene!
que o posto
já era
Mas não
pois à frente
com a força evidente
daquela semente
então
é o que ordena
avente!
organiza!
dos versos
prementes
urdidos
nos passos
e em vão escondidos
Agora do chão
forjados na vida
reclamam atenção
se tornam
confessos
Só resta a razão
do tanto disperso
Por ela
o Senão
que cônscio
te peço
Que agora
e quem dera
da triste
quimera
que pasmem!
impera
se rompa
o recesso
Se em mente a criança
constrói a lembrança
de braços e em dança
e por felicidade
Não falem da idade!
Pois vinga a esperança!
Que as mãos calejadas
no mesmo lugar
e em breve socorro
E em urro
agitadas
Tão firme e encantadas
desenhem de novo
Pois novo
é o contorno
partida
e chegada
A estoria é contada
de um certo
retorno
sábado, 2 de junho de 2012
Momento futuro
Hão de vir os momentos
aqueles pequenos espaços
de tempo
que registram os reflexos
do que vemos
quando ainda não vimos
Os momentos criados
do que ainda
não temos
mas sentimos
pois sabemos
que ainda
não somos
Nesse instante
em que a insegurança é certeza
e que nada é mais cômodo
natural
ou conforto
O momento presente
e indigesto
é protesto
E o futuro é delícia
malícia
e cilada
surgente
e emergente
contra
toda a corrente
Pois sabemos
Que a historia
persiste
insiste
nunca cansa
ou desiste
Para que projetemos
busquemos
sem medo
ou pudor
todo ardor
dessa vida retida
tudo agora
em um momento
e ao mesmo tempo
E aos que dizem que estamos perdidos
no escuro
ou jazidos
Apenas neguemos
que estamos vencidos
Pois se pra eles seremos o hoje
Para nós
seremos
sempre
o momento futuro
aqueles pequenos espaços
de tempo
que registram os reflexos
do que vemos
quando ainda não vimos
Os momentos criados
do que ainda
não temos
mas sentimos
pois sabemos
que ainda
não somos
Nesse instante
em que a insegurança é certeza
e que nada é mais cômodo
natural
ou conforto
O momento presente
e indigesto
é protesto
E o futuro é delícia
malícia
e cilada
surgente
e emergente
contra
toda a corrente
Pois sabemos
Que a historia
persiste
insiste
nunca cansa
ou desiste
Para que projetemos
busquemos
sem medo
ou pudor
todo ardor
dessa vida retida
tudo agora
em um momento
e ao mesmo tempo
E aos que dizem que estamos perdidos
no escuro
ou jazidos
Apenas neguemos
que estamos vencidos
Pois se pra eles seremos o hoje
Para nós
seremos
sempre
o momento futuro
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Máscaras
Máscaras de caráter
perambulam o dia
anoitece
algumas caem
como frutas
maduras ou
mordidas
Deliciosas e
desnudadas faces
interagem
livres e descomprometidas
sombras se reencontram
na paisagem
Mas o sol renasce
e com ele
as máscaras voltam as
faces
Viva as personagens!
reconstruídas
nas entranhas
do que
parecia ser
imagem...
perambulam o dia
anoitece
algumas caem
como frutas
maduras ou
mordidas
Deliciosas e
desnudadas faces
interagem
livres e descomprometidas
sombras se reencontram
na paisagem
Mas o sol renasce
e com ele
as máscaras voltam as
faces
Viva as personagens!
reconstruídas
nas entranhas
do que
parecia ser
imagem...
Metamorfose
Eu vejo o envólculo
sangrando
impotente
sinto a cada passo
que não dou
uma dor
latente
tão presente
que rio
rio persuasivamente
do meu fracasso
mas não consigo
converse-me
Então me rasgo
até que a última
gota de sangue
seja recriada
Até que a piada
da vida repetida
não faça mais sentido
e que outra
consciência
surja
Mas não vem:
vem essa dor
e tudo que o amor
pela vida é capaz de criar
Sem conseguir
se auto-destruir
a criatura
muda
se reconstrói
se transfigura
Morfada
Morfia
Morfente
Metamorfosemente
Viva!
sangrando
impotente
sinto a cada passo
que não dou
uma dor
latente
tão presente
que rio
rio persuasivamente
do meu fracasso
mas não consigo
converse-me
Então me rasgo
até que a última
gota de sangue
seja recriada
Até que a piada
da vida repetida
não faça mais sentido
e que outra
consciência
surja
Mas não vem:
vem essa dor
e tudo que o amor
pela vida é capaz de criar
Sem conseguir
se auto-destruir
a criatura
muda
se reconstrói
se transfigura
Morfada
Morfia
Morfente
Metamorfosemente
Viva!
Buscar o Extra Ordinário
Impávido destino
que nos cerca
propõe a quebra
subversão de sentidos
versos
incertos
do que é
e será
Como dá sentido
se o orgulho do
tédio
nos mantém
feridos
imóveis
em um jogo
de ideais
Falseiam
desejos
como muralhas
invisíveis
que controlam
os sons
saqueiam
a expressão
mantendo
apenas
os restos
restos
de que se alimenta
uma sobrevida ordinária
e mórbida
do cotidiano
gelado e insensível
Podemos!
queremos?
contamos
precisamos
buscar o
EXTRAORDINÁRIO
que nos cerca
propõe a quebra
subversão de sentidos
versos
incertos
do que é
e será
Como dá sentido
se o orgulho do
tédio
nos mantém
feridos
imóveis
em um jogo
de ideais
Falseiam
desejos
como muralhas
invisíveis
que controlam
os sons
saqueiam
a expressão
mantendo
apenas
os restos
restos
de que se alimenta
uma sobrevida ordinária
e mórbida
do cotidiano
gelado e insensível
Podemos!
queremos?
contamos
precisamos
buscar o
EXTRAORDINÁRIO
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Um (1) dia
Inspirado na música “Basta um Dia”
Chico Buarque
Entre o feito e o possível
Quanto tempo é necessário
Para superar os limites?
Quando aceitamos convites
Releases da vida
Placas
Para caminhos
Diversos
Sozinho
Confesso
Bem mais os difíceis
Mesmo curtos
Imprevisíveis
A caminho do mar
O vento forte da serra
dos lagos
Aponta a infinitude livre
O Declive-paisagem
do mergulho
em imagem
lembrança
relento
As vezes
Resta só o lamento
Que a lupa poli-angulada
Que chama
Com o calor da história
Preza
Ferida
E triste
pois não há nada
ou ninguém
Para
Vê-la
Em apenas um dia
Visita a poesia
Deixa o choro
O riso
O escárnio
Regozijo
Inerte
Daquele Flerte
Deixe o amor e o ódio
Todo o tédio
Deste mundo ignóbil
Soltem os bêbados
E os sóbrios
Em nuvens
De aventura
Basta um dia
Para que escancare
Toda minha agonia
Só um dia
Livre
Infinito
Para que não lamente
Nunca
Pelo feito
E para que reste pouco
Ou quase nada
Que me arrependa de não ter
Visto
Desfeito
Só um dia
Para que mudemos um curso
Da dor
Para o ardor
Da mais infame
Fantasia
Pois a vida
É o eterno reclame
E quem sabe a ouçamos
Um dia...
Quarta-feira, 15 de novembro de 2011-12-01
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Cinzas
Mosaico de impressões
partidas
em partes amontoadas
conformam lenta e consistentemente
a aparência
Esta
em sua
conformidade passiva
apenas ecoa
a forma
morna
resultante
do incontável calor
que dantes tornava
a essência
viva
Agora o antes
apenas pode ser visto
como lembrança
como leves cacos
de intensa esperança
que se recuperam
ao vento
E o tempo
em escalada
até que o movimento
cesse
cesse por hora
até que a vida
novamente
arremesse
as cinzas
e reinvente a revolta
partidas
em partes amontoadas
conformam lenta e consistentemente
a aparência
Esta
em sua
conformidade passiva
apenas ecoa
a forma
morna
resultante
do incontável calor
que dantes tornava
a essência
viva
Agora o antes
apenas pode ser visto
como lembrança
como leves cacos
de intensa esperança
que se recuperam
ao vento
E o tempo
em escalada
até que o movimento
cesse
cesse por hora
até que a vida
novamente
arremesse
as cinzas
e reinvente a revolta
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Empecilho
Que desgraça!
além do patrão
que já não sai de graça
ainda tem que
brigar
com o que é nosso
-Que farsa!
Como a ferramenta
ganha vida
paralela
sequestrando uns dos nossos
Pra mantê-la
em sequela
Agora deu
vai saber
que perdeu
já não tem mais
força
Não me ouça
todos sabem
não tem poça
que lave
o que escondes na bolsa
Se essa laica labuta
e o que dela desfruta
é tudo que temos
como quer que fiquemos
ao saber que perdemos
o que nós projetamos
Esse fardo
é pesado
tô deveras
cansado
pra aguentar esse
peso
eu vou junto
e coeso
quem precisa tem pressa
E aê pessoal?
Vamo nessa!
pra trocar essa peça
não há nada que impeça!
além do patrão
que já não sai de graça
ainda tem que
brigar
com o que é nosso
-Que farsa!
Como a ferramenta
ganha vida
paralela
sequestrando uns dos nossos
Pra mantê-la
em sequela
ativada
Agora deu
vai saber
que perdeu
já não tem mais
força
Não me ouça
todos sabem
não tem poça
que lave
o que escondes na bolsa
Se essa laica labuta
e o que dela desfruta
é tudo que temos
como quer que fiquemos
ao saber que perdemos
o que nós projetamos
Esse fardo
é pesado
tô deveras
cansado
pra aguentar esse
peso
eu vou junto
e coeso
quem precisa tem pressa
E aê pessoal?
Vamo nessa!
pra trocar essa peça
não há nada que impeça!
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